Febre oropouche, doença comum na região amazônica, tem 47 casos registrados no Paraná; 44 casos estão em Adrianópolis
05/06/2025
(Foto: Reprodução) Casos na cidade são autóctones, o que significa que infectados contraíram a doença no próprio município. Morretes também registrou duas infecções autóctones e Arapongas tem um caso de paciente que contraiu doença em outro estado. Febre Oropouche é causada pelo mosquito maruim (mosquito-pólvora ou borrachudo).
Foto: Reprodução/SES
A febre oropouche, uma doença que ocorre predominantemente na região amazônica, passou a ter transmissão também no Paraná. Neste ano, foram contabilizados 47 casos no estado, sendo 44 somente na cidade de Adrianópolis, na Região Metropolitana de Curitiba.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, todos os casos registrados na cidade são autóctones, o que significa que infectados contraíram a doença no próprio município. Outros dois casos autóctones também foram registrados em Morretes.
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Em Arapongas uma pessoa também testou positivo para a doença. Contudo, o caso foi considerado importando, pois o paciente declarou ter contraído a febre oropouche após uma viagem ao Espírito Santo.
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, já são 11.305 casos e quatro mortes confirmadas, sendo três no estado do Rio de Janeiro e uma no Espirito Santo.
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Assim como a dengue, a febre oropouche também é transmitida por um mosquito
A febre oropouche é considerada uma arbovirose, pois também é transmitida por um mosquito, conhecido como Maruim ou Mosquito-Pólvora. Ainda não há um tratamento específico para a doença.
Os métodos de prevenção também são bem semelhantes aos da dengue. O indicado é fazer uso de repelente e cuidar de recipientes que possam acumular água ou resíduos que sirvam de criadouro para o mosquito.
Saiba quais são os sintomas:
Dor de cabeça;
Dor no corpo;
Náuseas;
Vômitos;
Dor atrás dos olhos.
Segundo a coordenadora da Vigilância Ambiental da Secretaria Estadual de Saúde do Paraná (SESA), Ivana Belmont, a febre oropouche é comum em áreas rurais ou de mata, mas também tem sido relacionada a plantações de bananeiras.
"No Espirito Santo chegou a ser uma doença periurbana por conta das pessoas terem as bananeiras nos seus quintais. Então a plantação de banana é um atrativo para a proliferação desse vetor. Não é uma doença urbana, é uma doença silvestre, como a febre amarela. Então não existe esse controle vetorial em área silvestre. Os casos que estão acontecendo perto do domicilio, nas plantações de banana, é necessário um manejo ambiental, eliminando-se matéria orgânica e tentando se isolar esses tocos das bananeiras pra evitar a proliferação do vetor", esclareceu Ivana.
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